Retirei de um comentário do blog Novogeraçãobenfica,
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- Anónimo28/10/25 14:43
A análise económico-financeira da Benfica SAD mostra que, por detrás dos 34 milhões de euros de lucro e das receitas recorde de 230 milhões em 2024/25, pouco mudou na essência do modelo.
O resultado positivo não nasceu de uma gestão mais eficiente, mas de dois factores excepcionais: a participação no Mundial de Clubes, que rendeu 22,5 milhões (17,1 milhões líquidos), e a venda de João Neves, o maior talento da formação, por quase 60 milhões de euros.
Se olharmos para o médio prazo, a fotografia é bem menos favorável. Em quatro anos, o Benfica acumulou 80 milhões de euros de prejuízos, duplicou a dívida líquida para cerca de 200 milhões e viu o seu capital próprio cair para metade.
O resultado é um modelo estruturalmente desequilibrado, onde o crescimento dos custos supera largamente a capacidade de geração de receitas.

Entre 2019 e 2024, os gastos operacionais subiram de 129 milhões para 202 milhões (+73 milhões), enquanto os rendimentos operacionais cresceram apenas 49 milhões (de 132 para 181 milhões).
ResponderO resultado operacional, que era ligeiramente positivo (+3 milhões), passou para -21 milhões anuais, revelando a erosão da margem corrente. A pressão vem sobretudo de duas rubricas:
• Custos com pessoal, que aumentaram de 77 para 113 milhões (+36 milhões).
• Fornecimentos e serviços externos, que cresceram de 43 para 79 milhões (+36 milhões).
Em apenas quatro anos, o Benfica passou a gastar mais 72 milhões por época em salários e serviços externos, sem ter criado fontes de receita equivalentes. O clube gasta mais, mas não cresce ao mesmo ritmo.