domingo, 15 de abril de 2012



Quando desci aqueles degraus sabia que não voltaria atrás para remediar as palavras malditas... estávamos nós de mãos dadas quando dissemos olhos nos olhos amo-te, tu és O meu Amor... a doçura dos olhares límpidos, as mãos que não se tocando falavam de perfeita união que os corpos mentiam dia após dia... a verdade era uma amiga intima...
Recusei-me a olhar para trás, grossas gotas de suor escorriam-me do canto dos olhos... e lágrimas de alegria cantavam todos os amores todas as noites de Explosão Cósmica... união capaz de redenção...
Despi-me de mim e peguei na alma... já não me pertencia... não me merecia... era de outrem... perdi-me ao me encontrar... rasguei-me... revoltei-me... não volto àquele lugar... fiquem com ele... é vosso...

Atrás desta janela vejo-vos passar com os olhos cheios de ilusão como se estivessem vestidos de vós... mas ninguém se pertence...



[Sei que ambos são estranhos, depois de dezenas de vidas, de anos, de cansaços - o sentido das coisas perde-se mesmo sabendo que tudo faz sentido na essência existencial]

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Jogo de muito bom nível! Ideias fortes.

Questiono porque é que não foi sempre assim? Porquê? Porquê? Um certo ódio àquela estrutura, a não utilização do Carreras, do Arthur... hoje...